quarta-feira, 1 de abril de 2009

E o Rio de Janeiro Continua Freak??


Como diferenciar Thom Yorke dos demais rockstars perdidos pelo mundo? Bono Vox, Paul McCartney e Mick Jagger são pobres mortais quando o assunto é esquisitice. O líder do Radiohead é uma persona atípica no mainstream. Alguém que além de conseguir fazer canções melancólicas sem torná-las piegas, ou de se familiarizar com elementos eletrônicos a ponto de transformá-los em rock and roll de primeira qualidade, traz o berro clamando ser uma aberração. Porém, ao longo de sua história, viu-se que se adaptou ao mercado fonográfico e artístico como nenhum outro. Um Robert Smith darwinista.

Quando o Radiohead desembarcou no Rio de Janeiro, tudo o que se esperava era o inesperado, e nada mais seria essa síntese do que Thom Yorke na praia, jogging e meditando ao pôr-do-sol, algo que absolutamente iria se refletir na Apoteose – outro símbolo esquisito da história toda. Lançando mãos dos acontecimentos, uma coisa era fato: seria aproximadamente duas horas e meia de show e nelas estariam inclusas todas as músicas do In Rainbows. O restante do show era uma incógnita. Tirando os hits do Ok Computer, haveria surpresas bizarras dos demais álbuns, diferente do show de São Paulo, que seria televisionado e precisaria das clássicas Fake Plastic Trees, Lucky, Pyramid Song e The Optimistic para garantir o show dos telespectadores.

Entre escolher qual dos dois shows ir, a feliz coincidência da data carioca cair exatamente no dia de meu aniversário me fez escolher. Dia 20, o dia que presenciei e fui presenteado com um dos melhores shows da minha vida enquanto outros ensaiavam uma reboladinha em Idioteque e There There. União do conjunto de fatores que fez do espetáculo uma enorme contradição. Acredito que esse é o espírito da coisa toda. O sentido de tudo. Quanto ao show de São Paulo, eu baixarei da net algum dia aí...

Nenhum comentário:

Postar um comentário